Se concretizar o que revelou em recente café com jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória do governo, que pode chamar Ciro Gomes (PSB) às falas e segurar sua candidatura presidencial diante do risco de ele atrapalhar a “candidatura da base”, Lula deixará caminho aberto a partir de março para o que chama de eleição plebiscitária, o que mais deseja do ponto de vista político do jogo eleitoral – o que ele aprendeu a fazer, e hoje é mestre. Diante desse cenário, teremos, novamente, o PT contra o PSDB, e desta vez um embate mais “agressivo” – digo, de comparação de governos. E agora há material, dados, discursos, arquivos para isso. Espera-se que, até julho, quando a campanha começa a engatinhar, tenhamos um cenário político e econômico sem crises, que ajudem não aos partidos, mas sim aos cidadãos, a escolher o rumo do Brasil diante da previsão de, como em pouquíssimas oportunidades na História recente do país, termos a possibilidade de um debate programático e limpo, um debate que pensará o país para os próximos anos, rumo a mais progresso, independentemente de partidos e ideologias. Repito, um debate justo para o País.
Tanto Dilma Rousseff, pelo perfil de boa técnica que tem mostrado – pelo menos perante os subordinados e ao chefe – quanto José Serra, o provável candidato tucano ao governo, com sua larga experiência política e administrativa, haveremos de esperar esse debate, digamos, de alto nível. Contratempos haverão de aparecer, de modo que caberá aos consultores políticos de ambos os lados avaliarem as situações. Mas, convenhamos, haveremos de assistir também, bem ao estilo do que esperam os canais de TV em prol das audiências, os nervos à flor da pele, respostas descabidas, troca de insultos – discretos ou não. Isso faz parte do jogo. Acredita-se, no entanto, que os candidatos façam o bom debate, sem picuinhas, prepotência, egoísmo. Quem está em jogo é o País.
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