quarta-feira, 10 de março de 2010

Dilma diz que Brasil precisa de personagens sensatas e objetivas


A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a afirmar nesta terça-feira que o Brasil está preparado para ter uma mulher como presidente da República. Pré-candidata do PT à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra disse que a política precisa de personagens práticas, sensatas e objetivas, características que ela considera inatas às mulheres.

- O fato de sermos mulheres, em vez de nos prejudicar, nos ajuda muito. As mulheres são sensíveis, as mulheres são práticas, sensatas e objetivas, e isso é indispensável na política. Por sua vida, as mulheres são fortes, não se curvam à dor e (conseguem) aguentar sacrifícios e não os temem. Isso é imprescindível se a gente quiser transformar o Brasil - disse Dilma, que participa no Senado Federal de homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

- Sempre me perguntam se uma mulher está preparada para ser presidente. Eu digo que o Brasil está preparado para ter uma mulher presidente, e as mulheres em geral estão preparadas para isso. Nossa história política também nos preparou para que mulheres sejam protagonistas - afirmou a ministra.

Mais cedo, a pré-candidata disse que não terá o petista João Vaccari Neto como seu tesoureiro de campanha. O nome de Vaccari Neto aparece em investigação do Ministério Público sobre supostos desvios de recursos da Bancoop, a cooperativa habitacional dos bancários de São Paulo.

- Nós temos tido nas últimas eleições uma opção por diferenciar as duas tesourarias, a tesouraria do partido, uma vez que ela tem mais obrigações que a campanha presidencial. Então a tendência é manter isso, a mesma coisa que ocorreu em 2006 na época da eleição do presidente Lula - afirmou a ministra ao chegar ao Senado.

O Ministério Público de São Paulo abriu procedimento para investigar uma denúncia de desvio de recursos da Bancoop para o caixa de campanhas eleitorais do PT. Em 2007, um levantamento do MP apontou que cerca de 3 mil famílias foram lesadas por um suposto esquema que teria desviado mais de R$ 100 milhões dos cofres da cooperativa. A quantia deveria ter sido aplicada na construção de imóveis nunca concluídos. De acordo com a revista Veja, que teve acesso à quebra de sigilo da Bancoop, o pivô do esquema seria o tesoureiro do PT.

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