Um trabalho na linha democrática

A cada ano eleitoral imprime-se ao eleitor e ao povo em geral uma reflexão sobre política e democracia. Os jovens, desde cedo, devem ter o conhecimento acerca do que significa democracia e adquirir maturidade para discuti-la e contribuir para a divulgação dos direitos e deveres nossos e dos governos para com a população. Acredito que além da escola, a família seja um porta-voz na valorização do papel que cada um representa no país.

Vivemos num estado democrático, mas o desconhecimento das leis, com certa precisão e segurança, foge-nos porque concentramo-nos na vivência diária sem dedicar espaço para participar de forma cidadã, desfrutar de direitos e cobrar das autoridades competentes o cumprimento de normas presentes na Constituição Federal, essencialmente as cláusulas pétreas relativas a Garantias e Direitos Fundamentais, já que vivemos num Brasil, um país de todos.

O governo Lula deu um impulso a essas cláusulas com aumento do número de atendidos pelos programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, considerando ainda o estabelecimento do piso salarial para professores, a criação de empregos, dentre outros.

Apesar de dizerem que política não se discute, deve-se considerar que o assunto deve ser discutido sim, principalmente na escola, pois neste espaço é possível aos professores passarem noções de cidadania, explicarem sobre democracia, valores éticos, dentre outros temas sociais tão necessários à formação individual e cidadã.

O compromisso com a formação inclui divulgar, instigar e debater sobre democracia e política, em especial em ano eleitoral, destacando as atribuições de cada cargo representativo e a diferença entre eles, ressaltando que eles assumem o papel de servidor público com a função específica e voltada à cidade, estado e país, devendo conhecer as necessidades e criar alternativas para melhorar a vida das pessoas.

Ressalto que a população também tem o direito de reivindicar, solicitar a atuação do poder público nas comunidades, a partir de projetos de desenvolvimento elaborados pela própria comunidade e avaliados por este poder.

O importante é que a população perceba que deve interferir positivamente para a construção de um Brasil mais desenvolvido, mais igualitário, tornando-se mais inclusivo, de forma que os direitos e garantias coletivas alcancem os confins desse país.

A participação popular traz em si o escopo da análise de outras possibilidades de oportunizar a todos se firmarem como cidadãos atuantes nas resoluções em que se concretize o engrandecimento do Brasil.

O que pretendo deixar aqui, aos leitores, é algo que considero fundamental numa democracia, qual seja, a democracia só será construída, vivenciada com base na idéia de que o envolvimento da sociedade, de cada comunidade, que detenha conhecimento e prática de caráter participativo, senso de justiça social, atue efetivamente visando promover a execução de políticas públicas como modelo adequado de sistema democrático.

Diante do exposto convém que o eleitor analise o Brasil que alcançamos nos últimos anos e permita ao PT continuar um trabalho iniciado por Lula seguindo a linha de trabalho democrático, consciente do bem estar social da população.