sábado, 3 de abril de 2010

Conae quer 50% dos recursos do pré-sal para educação


A plenária final da Conferência Nacional de Educação sugeriu a destinação de 50% dos recursos obtidos a partir da extração do petróleo da camada pré-sal para a educação. Desse total, 30% ficariam com a União para investimento em educação profissional e superior e 70% com estados e municípios para aplicação na educação básica.


O uso de recursos do pré-sal na educação foi a reivindicação mais importante de duas das principais entidades que representaram os estudantes na Conferência Nacional de Educação, que terminou ontem (1º). A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasiliera de Estudantes Secundaristas (Ubes) esperam que a proposta não fique apenas no papel.


“Não dá para acontecer com o pré-sal o que aconteceu com a borracha, com o ouro e o pau-brasil, bens que geraram muita riqueza, mas riquezas muito mal distribuídas. E para nós distribuir bem riqueza é investir em educação", afirmou o presidente da UBES, Ian Ivanovicht. "Também vamos seguir lutando por bandeiras históricas como eleição direta para diretor, maior financiamento do Estado nas universidades, ampliação das vagas nas universidades e fim do vestibular."


A primeira diretora de políticas educacionais da UNE, Laís Gouveia, disse que a destinação de 50% dos recursos do pré-sal para educação é de fundamental importância para a entidade, além da reforma universitária e do aumento da participação dos estudantes na elaboração do Plano Nacional de Educação. "A gente quer fazer um PNE novo e que tenha participação de toda a sociedade."


Os delegados presentes na CONAE aprovaram também a proposta que determina a reserva de 50% das vagas de instituições públicas de ensino superior para alunos de escola pública. De acordo com a decisão, a reserva deverá respeitar a proporção de negros e indígenas da população de cada estado.


As propostas aprovadas na Conferência Nacional de Educação servirão de diretrizes para a construção do novo Plano Nacional de Educação (PNE), que irá vigorar de 2011 a 2020.

Fonte: Agência Brasil

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