A candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, será reforçada amanhã com o anúncio, informal por enquanto, do apoio do PDT à petista em todo o País. É com este objetivo que a Executiva Nacional do partido se reúne em Brasília, para discutir "as eleições presidenciais de 2010 e o momento político brasileiro". O apoio oficial à candidata Dilma só será definido pelo diretório nacional, em convenção partidária, mas a cúpula do partido avalia que se trata de mera formalidade.
"Eu avalio que 90% da bancada federal é pró-Dilma, e tenho o mesmo sentimento em relação ao diretório", diz o líder pedetista na Câmara, Dagoberto Nogueira (MS), convencido de que a reunião desta terça-feira será um "ensaio" da reunião maior, do diretório. No comando da reunião, estarão o presidente nacional em exercício do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS), e o presidente licenciado e ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
Maior aliado do Planalto em defesa da parceria com o PT na sucessão presidencial, o ministro Lupi já está contatando, um a um, os membros do diretório nacional para mapear eventuais problemas. Só quando o levantamento estiver concluído é que Lupi vai atuar para ampliar o consenso e fechar o partido em favor de Dilma. A julgar pelo posicionamento da bancada federal, o ministro terá pouco trabalho. Um parlamentar que acompanha as articulações em favor da candidata petista atesta que apenas um dos 23 deputados do PDT resiste à parceria com o PT hoje. Trata-se de Fernando Chiarelli (SP), que se apresenta como "inimigo político" do deputado Antonio Palocci (PT-SP), a quem denunciou por irregularidades em licitações na época em que o petista comandava a prefeitura de Ribeirão Preto. A dificuldade de Chiarelli em aderir à Dilma aumenta, na medida em que Palocci é apontado como um dos futuros coordenadores de campanha do PT.
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