O desempenho da economia brasileira em 2009 deve ser o sexto melhor entre os países do G20, grupo que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes do mundo. Nesse grupo, foram pouquíssimos os países que tiveram crescimento do PIB em um ano de crise econômica mundial. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo IBGE.
Apesar da retração de 0,2% registrada no ano passado, o desempenho do PIB brasileiro no ano passado ficou bem acima do registrado pelas economias ricas e de outros grandes países emergentes, como a Rússia, a África do Sul e o México.
O resultado é reflexo da eficácia das medidas anticíclicas tomadas corretamento pelo governo brasileiro durante o enfrentamento da crise econômica internacional, entre elas o aumento do crédito, a redução dos impostos e a ampliação de programas sociais.
As medidas, elogiadas por todos os países desenvolvidos e pelos organismos internacionais, fizeram com que o Brasil saísse rapidamente da crise com a sua economia praticamente ilesa, onde apenas alguns setores chegaram a sentir os sintomas, mas que já começam a demonstrar sinais claros de recuperação, de acordo com os indicadores econômicos.
O melhor desempenho foi o da China, que registrou aumento de 8,7% do PIB em 2009. A Índia, segundo previsões da OCDE, teria registrado um crescimento de 5,6% em 2009. O PIB da Indonésia, também de acordo com estimativas, deve aumentar 4,5% em 2009, segundo previsões da OCDE. O país registrou crescimento nos primeiros trimestres do ano.
A Austrália é outro país que conseguiu ampliar seu PIB apesar da crise econômica. O aumento foi de 2,7%, segundo estatísticas oficiais. O PIB da Coreia do Sul ficou praticamente estável, com leve alta de 0,2%.
O PIB dos Estados Unidos, a maior economia mundial, sofreu queda de 2,4% em 2009. No Japão, a retração foi ainda maior, de 5%, segundo dados oficiais.
A União Europeia, que também é membro do G20, como as principais economias do bloco, registrou diminuição média do PIB de 4,2%.
Na França, o encolhimento da economia deve ser menos acentuado do que em outros grandes países do bloco.
A previsão do governo indica que a retração deve ser de 2,2%, bem abaixo dos números oficiais já divulgados pela Alemanha, Itália e pela Grã-Bretanha, que registraram queda de 5% do PIB.
Outras economias emergentes que integram o G20 sofreram retrações do PIB bastante acentuadas no ano passado. Na Rússia, a queda foi de 7,9% e, no México, de 6,5%. A Turquia prevê diminuição de 5,8% da soma global de suas atividades econômicas. O PIB da África do Sul caiu 1,8%, de acordo com números oficiais.
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